8 de dez. de 2010

Teorias Conspiratórias sobre os finais de The Walking Dead, Merlin e Caprica

Como este final de ano não tem dado mostras a diminuir o ritmo em termos de trabalho e outras atividades, resolvi postar um condensado inicial das minhas impressões dos finais de temporada que já aconteceram. Depois, com calma, posso trabalhar um post individual de cada  final de série (ou não, conforme o ritmo das coisas eu for assistindo). Dito isto, estejam avisados, Spoilers em profusão à frente! Como o título do post indica coloquei abaixo algumas das minhas Teorias - algo Conspiratórias - sobre os finais que assisti - principalmente TWD e Caprica. Fiquem à vontade para opinarem, compartilharem e comentarem!

The Walking Dead


O que eu achei:


O último episódio de
The Walking Dead foi lento, muito cheio de explicaçõeszinhas e drama - "cerebral" demais (sem trocadilho) se comparado com os outros episódios, que eram mais ação e menos conversinha.

O que eu acho que aconteceu:


O penúltimo episódio terminou do mesmo jeito que a primeira temporada de
Lost - com direito à sua própria versão da escotilha. Eu tenho a teoria de que a primeira temporada acabaria ali e, possivelmente, o arco dentro do CDC se extenderia por uns três ou quatro episódios da segunda temporada. Para mim, em certo ponto, alguém cochichou alguma coisa do tipo: "Não pode terminar assim não!" ou "O povo quer respostas: quem são estes zumbis, qual a origem deles!?" - e eis que surge este episódio tão cheio de explicaçõeszinhas e blá-blá-blá. Um outro motivo para se considerar a abertura da escotilha - digo, da porta - do CDC como o final pretendido da série é que ali se fecha o arco típico de filmes de zumbi a la Romero, que é a etapa 7: a fuga para um lugar considerado "mais seguro", conforme já vimos em nosso post Como Fazer um Filme de Zumbi a la Romero.

Melhor Momento do episódio:


O último episódio de The Walking Dead repetiu direitinho a explicação "científica" do funcionamento dos zumbis que demos aqui no Blog - por ocasião do segundo episódio da série - e, se você quiser comparar a explicação da série e a que eu postei, confira
aqui. Eu só não ganho na loteria porquê não jogo!

Merlin:

O que eu achei:


O último episódio de
Merlin envolveu sem decepcionar! Achei muito interessante a forma como os produtores - a despeito de torcerem a lenda original até não poder mais - não se deixam acomodar em uma rotina fechadinha. Os personagens evoluem e as coisas acontecem: bem ou mal, já temos Dama do Lago, Excalibur, Távola Redonda e um elenco básico de cavaleiros - nada mal para a terceira temporada!

Momento Bidu:


Como também já havíamos adivinhado
aqui no Blog, não só a linda e injustiçada Morgana perdeu o trono por pura trairagem da Lana Lang - digo, da Gwen - como a insossa Morgausse morreu no final! Minha nova previsão é que o triângulo Lancelot-Gwen-Arthur será de alguma forma trabalhado na quarta temporada. Também achei muito indicativo o estado debilitado que Uther se encontrava no final: a impressão que eu tenho é que ele vai, de alguma forma, assumir o papel do Rei Pescador - que é muito importante dentro do Ciclo Arturiano. Nem precisa dizer que na quarta temporada Morgana voltará com tudo - provavelmente aliada a Mordred.

Melhor Momento do episódio:
 
Tirando os momentos óbvios - a frase-clichê "Isto é apenas o começo",  a erupção descontrolada de poder de Morgana, Merlin brandindo a Excalibur, etc. - ver o Gaius brilhando os olhos - além de absolutamente inesperado - foi simplesmente demais!  

Caprica:

O que eu achei:


Nunca comentei sobre
Caprica aqui - e nem vou começar agora - mas só quero dizer que o episódio final incrivelmente corrido foi muito provavelmente uma decorrência do seu cancelamento prematuro. A despeito disso, gostei bastante do todo da série e acredito que ela já entrou para a história do sci-fi televisivo.

O que eu acho que aconteceu:


O cancelamento de Caprica, para mim, teve a ver com o fato de que ela é
nerd demais para o público em geral e nerd de menos para os nerds: faltou acertar o tom (ou decidir a qual público agradar!). Senti falta de ver todas as tramas devidamente "desenroladas" - teria sido especialmente bom acompanhar a tomada do poder da Soldiers of the One pela Lacy e sua tropa de Cylons - mas assim mesmo valeu!  

Melhor Momento do episódio:

O melhor momento do episódio para mim foi a aparição da Lacy como líder da STO diente da estupefata Clarice. (Em segundo lugar, fica a demolição do paraíso virtual pela enraivecida Zoe - não sei se vocês também acharam, mas me pareceu que elas estava trnsformando o paraíso virtual em "alguma outra coisa" virtual.)

Curiosidade Nerd: 

Só percebi agora no último episódio - e nem dava para perceber antes - que toda a trama de Caprica já está desenhada na abertura da série:

1 - A família Adama está em um cemitério, o que já sinaliza a morte do pequeno William (e não da Tamara - que sumiu no final da série, por sinal - e de sua mãe).
2 - A passagem do símbolo do infinito da Irmã Clarice para Lacy representa a passagem do poder da STO para as mãos desta última. BTW, a Igreja na qual a transmissão ocorre parece ser a mesma em que a Irmã Clarice "prega" aos Cylons.
3 - O casal Graystone observando a sua filha Zoe no final da abertura (Zoe e não o U-87!) é exatamente o que acontece na câmara de ressurreição improvisada no laboratório ao final.

Você pode conferir a minha teoria conspiratória sobre a abertura de Caprica com seus próprios olhos clicando aqui.

7 de dez. de 2010

O Homem Cobra (SSSSSSS) (1973)

Alerta: este post viola a regra dos 15 anos 
e poderá comprometer as suas memórias de infância para sempre! 

Uma das minha lembranças mais vívidas da minha infância é o - então próspero - Sr. Sílvio Santos anunciando o filme "O Homem-Cobra" (sim, sou velho!). Durante intermináveis minutos - que pareciam horas a fio - o dono do Baú falava, falava e falava deste filme que era "muito bom" - embora não desse maiores informações a respeito, a não ser que se tratava de um homem se transformando numa cobra. Eu não lembro se eu dormi no meio ou fiquei assustado demais para ver o final ou se simplesmente esqueci mas a questão é que eu não lembrava de praticamente mais nada do filme - daí resolvi assisti-lo, mesmo contrariando a regra dos 15 anos, segundo a qual não se deve jamais assistir um filme que você assistiu com menos de 15 anos de idade (e gostou). Não me arrependi de ter assistido novamente (mesmo porquê a minha recordação era muito fragmentária) mas tive duas grandes surpresas no processo. Spoilers á frente!

Surpresa número 1:
O nome do filme não é Homem-Cobra 
(ou qualquer equivalente em inglês)

O nome do filme é SSSSSSS (imitando o sibilar de uma cobra). Isto fica bem evidente no fotograma que coloquei abaixo:


(note o detalhe que os "esses" são estilizados como cobrinhas, reparou?) 
 
Por incrível que pareça eu meio que lembrava disto, pois sempre prestei muita atenção nos títulos originais dos filmes (mesmo quando criança) pois era uma maneira prática de localizá-lo depois pelo anúncio da programação nos jornais (que, naquela época que se amarrava cachorro com linguiça sempre traziam o título original entre parênteses).

Quando o filme passou na Inglaterra alguém - dotado de um mínimo de bom-senso, se me perguntarem - percebeu que um título com uma consoante só não atrairia muito público e mudou o nome para SSSSnake - "cobra" com um "s" puxadinho. Melhor!
 
Supresa número 2:
O foco do filme não é beeem o Homem-Cobra

O cientista pra lá de maluco que inventou o método revolucionário de se transformar um homem em cobra é muito mais o foco do filme do que o candidato a homem-cobra. A maior parte do filme é centrada nos assassinatos  que o tal cientista comete ao longo do caminho mais do que qualquer outra coisa. Como é um filme temático, todos os assassinatos envolvem... cobras, evidentemente. 
 
E a experiência afinal de contas, deu certo?
 
O cientista do filme sonha em "criar uma criatura viva com o poder de uma cobra e a inteligência de um ser humano". O que aprendemos pelo final do filme é que ele consegue criar  sim, um ser vivo com o poder de uma cobra mas sem nenhum instinto de cobra - ou seja, uma cobra aleijada. Eu sempre digo que "em terra de cego, quem tem um olho é Portador de Necessidades Especiais" - e esse filme comprova bem isso! (vejam lá o final e vocês vão entender!)
 
Nota Nerd: como curiosidade, o ator que faz o homem-cobra é Dirk Benedict, que depois faria o Starbuck de Galáctica, Astronave de Combate (a clássica, não a reimaginada) e o cara-de-pau de Esquadrão Classe A. A filha do professor e par romântico do futuro homem-cobra é a Heather Menzies, a Jessica 6 de Fuga das Estrelas (a série, não o filme).

4 de dez. de 2010

Merlin S03E12 – The Coming of Arthur (parte 1)



 Finalmente Morgana mostrando a que veio.
 
Como este não é o seu Blog de review comum, não vou perder tempo com blá-blá-blá  detalhando o que acontece neste episódio (pois para saber isso você pode assisti-lo, não é mesmo?) mas vou dar logo a minha opinião sobre esta primeira parte do season finale

Spoiler Alert!  Em primeiro lugar, como a abertura do post dá bem a entender, Morgana finalmente se sentou no trono de Camelot (e ficou muito bem na foto, não concordam?). Eu sinceramente pensei que eles fossem enrolar por mais uma temporada com a Morgana desempenhando o seu papel de leva-e-trás e dando risinhos malignos às escondidas pelos corredores do castelo, mas os criadores da série resolveram dar um passo a frente e mudar o script (que a bem da verdade já estava ficando um pouco batido). Hoje em dia os expectadores não têm mais paciência para séries nas quais nada acontece - Lost e 24 Horas nos estragaram para sempre - e eles sabem disso.
 
Achei extraordinariamente interessante a forma como o Graal - porquê era o Graal sem dúvida  alguma - era cuidadosamente mencionado sem nenhuma conotação religiosa: seria uma tentativa de não melindrar um segmento do público? Isso já vinha chamando a minha atenção desde o primeiro ano da série: a todo o momento, os praticantes de magia são chamados de "os da Antiga Religião" sem nenhuma menção ao que poderia ser a "Nova Religião" (pois se há uma "Antiga" tem que ter uma "Nova", correto?). Mesmo na cena do casamento de Guinevere se nota uma grande ausência de símbolos religiosos: cruzes, igrejas, etc. Isto é muito esquisito, porquê - como se sabe - a lenda de Camelot é justamente o embate do Paganismo  contra o Cristianismo. 

Mesmo com esse (enorme) desvio da lenda, Merlin tem continuamente agradado. Existe uma magia especial aqui que faz com que frases do tipo: "Você terá exatamente o que merece" - e o hiper-previsível desfecho - não pareçam ser o chavão que na verdade são. Este é, talvez, o único seriado atual que os risinhos malignos dos vilões não remetem imediatamente aos anos 60 e existe um grande mérito nisto: na maior parte dos episódios ficamos tão envolvidos com o clima de fantasia que estes clichês passam a ser considerados normais - e até esperados - para aquele Universo.

Previsões para o próximo episódio:

De acordo com o que entendi do teaser, no próximo episódio teremos: Excalibur, batalhas com mortos-vivos e (mais) dragão com a voz de John Hurt. Se eu fosse dado a previsões, diria que: (1) Morgana vai perder o trono que tão arduamente trabalhou para conquistar - e por trairagem da Gwen; (2) Morgausse vai morrer; e (3) a morte de Morgausse vai servir de plot para a temporada seguinte. Se tudo isto acontecer mesmo, a temporada seguinte bem que poderia levar o (sub)título de "A Vingança de Morgana", o que acham? Vamos assistir e conferir!
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